A doutrina do reino na tradição batista do século 17: Christopher Blackwood

Christopher Blackwood foi educado em Cambridge. Nasceu por volta de 1606 em Yorkshire. Ele possuía muitas habilidades em grego, latim e alemão. Serviu a igreja da Inglaterra em Stokesbury entre 1632 a 1635. Depois dessa data, até 1644, não se tem notícias das atividades de Blackwood.

Após o contato com algumas mensagens de pastores batistas gerais, Christopher foi convencido que o batismo infantil era uma prática não-bíblica. Ele se retratou publicamente de seus escritos e declarou que defenderia a imersão porque “O batismo é um sinal de minha comunhão com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição”. Então, separado da igreja nacional, se juntou a congregação batista de Staplehurst. Diferentemente dos batistas gerais daquela igreja, Blackwood acreditava na doutrina da expiação limitada. Por causa da diferença doutrinária se apartou da congregação e assumiu a função de capelão do exército. Neste posto, viajou por toda a Irlanda proclamando o evangelho. Era um zeloso batista, defensor da liberdade de consciência e ferrenho opositor do presbiterianismo e anglicanismo. Nos ensinos de Chistopher Blackwood, a doutrina da liberdade de consciência estava intimamente ligada a doutrina do reino e a eclesiologia.

Blackwood escreveu diversos tratados, dentre eles um comentário dos 10 primeiros capítulos do evangelho segundo Mateus. A imagem abaixo trata-se de parte da obra “An expositions upon the ten fist chapters of the Gospel of Jesus Christ, according to Matthew“, publicado por Heny Hill em 1659, Londres, quando Blackwood ainda se encontrava na cidade de Dublin, Irlanda. Ele comenta Mateus 3.2:”Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” com os seguintes dizeres:

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* A referência a Daniel 6.24 é na verdade Daniel 7.14 ou 24. Isaac Backus e Daniel Merrill também usaram este capítulo do profeta Daniel e semelhante interpretação para expor a doutrina dos dois reinos

* Não encontrei em minha pesquisas o ano da morte de C. Blackwood . Thomas Crosby relata pouquíssimo sobre ele. O mais relevante, para meu objetivo, foi a lista de obras publicadas.

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